quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Esquete humorística: Radicalismo Religioso





Radicalismo Religioso. 4'37". Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=N_XUNY7Fwa4
  
Componentes do grupo:
  
Josias Pereira (História)
Karine Calenzani (História)
Maryuli Damas (História)
Ranieli Rodrigues (Letras)

Depoimentos de vítimas da Ditadura Militar no Brasil




Depoimento vítimas da ditadura militar. Alípio Franca. 6'55". Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=EGkqprT0PbE>. Acesso em 29 de novembro de 2016.



Após assistirem o vídeo, há uma seguinte proposta de atividade para os alunos: com base no que já foi estudado à respeito, cada um deve se colocar como um estudante da época do regime militar e registrar esse momento numa folha, como se fosse um diário. Na sala de aula os alunos irão se organizar em roda e lerão para a turma seu diário fictício.


Censura no regime militar


 




A censura no regime militar foi um dos elementos mais marcantes da severidade do regime autoritário que governava o país. O povo brasileiro era controlado pelos órgãos do governo que tentavam transparecer a paz e a estabilidade social no país tendo como sustento o desenvolvimento econômico.


Os militares assumiram o poder no país através de um golpe que derrubou o então presidente João Goulart no ano de 1964. O início do governo militar já seria acompanhado também pela repressão, os dois elementos eram amigos que caminhavam juntos a todo momento. Por 21 anos o Brasil seria governado por uma ditadura, que começou a repressão baseando-se no argumento de defesa contra o perigo comunista.


O momento de início da censura legalizada deu-se simultaneamente com o chamado milagre econômico do regime militar. Este representou o período entre os anos de 1968 e 1973 em que o Brasil foi uma das economias que mais cresceu no mundo. Com base em tamanho desempenho econômico os militares garantiam a cumplicidade da população brasileira com o regime através da censura, isso se dava, pois os meios de comunicação eram proibidos de divulgar qualquer notícia contra o governo militar. Os censores do Estado acompanhavam de perto tudo que seria publicado com o objetivo de garantir a imagem de estabilidade política e prosperidade da nação, a população foi massificada através de uma estratégia militar muito bem elaborada. 


Entre 1968 e 1978 mais de 600 filmes, 500 peças teatrais, vários livros e assuntos escolares foram proibidos pela censura. Mas no campo da produção cultural quem mais sofreu com a repressão foi a Música Popular Brasileira, tratada pelo Estado como causadora de mal à população, ofensiva às leis, à moral e aos costumes. A música tem uma capacidade própria de tomar o subconsciente das pessoas e propagar idéias, foi justamente o que causou maior atenção dos censores com os compositores, muitas vezes as músicas eram barradas apenas pelo título escolhido por seu criador. Muitos autores foram presos ou expatriados, discos foram vetados ou recolhidos e algumas canções permaneceram desconhecidas do público.


Um dos mais perseguidos e que encabeça uma grande lista de nomes durante a ditadura militar foi Chico Buarque. Os compositores utilizavam de recursos de duplo sentido para propagar suas idéias e conseguir driblar os censores que só se davam conta do verdadeiro significado depois do sucesso da música, como é o caso de Cálice, composta por Chico Buarque. O próprio título da música já faz um jogo sonoro com a expressão “cale-se” e seus versos são todos mascarados trazendo para os mais atentos a realidade opressiva que governava o Brasil.







Proposta de atividade:


Em 1975, o álbum “Jóia” de Caetano Veloso (ver acima), trazia ele, sua mulher e seu filho na capa (imagem à esquerda). Porém, esse disco foi censurado, relançado mais tarde com a capa alterada (imagem à direita). Com base no que foi visto no texto, observe a imagem das duas capas acima e explique porque você acha que o álbum foi alvo de censura, fazendo uma breve análise sobre a liberdade de expressão daquela época para os dias atuais. (clique na imagem para ver melhor).